sexta-feira, 21 de setembro de 2018

Melancia Emagrece

A melancia pode ser um ótimo alimento na alimentação quando usada de forma inteligente e correta. Por ser uma fruta doce, a melancia é uma fruta muito gostosa e consumida por muitas pessoas. Por ser rica em água, ela ajuda a manter o corpo hidratado. Afinal, melancia emagrece mesmo? A melancia é muito boa para […]

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segunda-feira, 10 de setembro de 2018

Como prevenir a obesidade infantil

A obesidade infantil tem vindo a aumentar e cabe aos pais ajudar os seus filhos a combater esta situação, através da implementação de cuidados alimentares e da prática de exercício físico regular. Venha descobrir que exercício físico pode praticar com o seu filho, de forma lúdica e divertida!!

 

Artigo da responsabilidade da Profª Rita Franco, Licenciada em Ciências do Desporto e Educação Física pela Faculdade de Coimbra e em Fisioterapia pela Escola Superior de Saúde de Aveiro. Exerce funções no Holmes Place Arrábida como fisioterapeuta, personal trainer, instrutora de Pilates e Body Balance. Trabalha também como formadora na Holmes Place Training Academy, no âmbito do Pilates, Personal Training Foundation Course, Plataformas Vibratórias e Ginástica Abdominal Hipopressiva.

 

A melhor maneira de praticar exercício físico é em família, através de atividades lúdicas, mas é cada vez mais frequente as crianças fugirem destes momentos, devido à imensa oferta tecnológica existente (como a televisão, o computador, as consolas e os smartphones). Porém, está comprovado cientificamente que a prática de atividade física é essencial para o bom desenvolvimento das crianças, estimulando a coordenação motora, o combate à obesidade e até mesmo o processamento intelectual.

EPIDEMIA MUNDIAL

A obesidade é uma doença reconhecida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) como uma epidemia mundial que atinge todos os grupos sociais e estratos socioeconómicos. Esta doença de origem multifatorial exige um tratamento que contemple todos os aspetos que influenciam o seu desenvolvimento.

A obesidade é o resultado de um consumo energético excessivo, um consumo de nutrientes (vitaminas e minerais) deficiente e um gasto energético insuficiente.

O CASO DA OBESIDADE INFANTIL

A obesidade é considerada um dos mais sérios desafios de saúde pública do século XXI. Cerca de 1 em cada 10 jovens com idades compreendidas entre os 5 e os 17 anos têm excesso de peso ou obesidade. Estes valores têm crescido rapidamente em vários países, nos últimos anos (OMS).

A Organização Mundial de Saúde afirma que a maioria das crianças com excesso de peso e obesidade reside em países desenvolvidos. Os principais responsáveis são o aumento do consumo de “fast food” e de doces e o sedentarismo.

Portugal é o 5º país com mais crianças obesas na Europa! No entanto e curiosamente, no nosso país, diminuiu o consumo de açúcares/refrigerantes e aumentou a percentagem de crianças que pratica atividade física com frequência. Mesmo assim, não houve uma melhoria significativa para retirar o nosso país da lista dos mais obesos da Europa.

Exercícios que podem ser praticados por crianças

De acordo com cada faixa etária, existem tipos de exercícios que podem ser praticados pelas crianças:

Até aos 5 anos

Os exercícios devem ser mais lúdicos nesta fase. Atividades como correr, saltar e dar cambalhotas são inseridas nas brincadeiras. A natação é uma boa escolha, desde os primeiros meses de vida.

Desportos possíveis:

  • Natação;
  • Balet;
  • Ginástica artística;
  • Bicicleta;
  • Judo;
  • Atletismo.

Dos 6 aos 11 anos

Desportos com bola não são os mais adequados até esta etapa, pois só a partir dos 6 anos a criança tem todas as funções motoras desenvolvidas para tal. Atividades mais complexas, como vela e remo, também já podem ser inseridas agora.

Desportos possíveis:

  • Futebol;
  • Voleibol;
  • Basquetebol;
  • Andebol;
  • Ténis;
  • Remo;
  • Vela;
  • Yoga.

Dos 12 aos 15 anos

As crianças desenvolvem equilíbrio, força e destreza a partir dos 12 anos, sendo esta a altura ideal para iniciar competições de diferentes atividades desportivas ,que também promovem a integração social.

Desportos possíveis:

  • Competição de desportos coletivos;
  • Alongamentos;
  • Hip-Hop;
  • Boxe.

A partir dos 16 anos

Estudos comprovam que a musculação não causa prejuízo para o jovem, desde que devidamente adaptada em função das suas necessidades e sem haver sobrecarga sobre o sistema musculoesquelético. Nesta fase são importantes atividades que desenvolvam a coordenação global e que sejam agradáveis para o jovem.

Desportos possíveis:

  • Musculação;
  • Running;
  • Ginástica localizada;
  • Pilates.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2018 (nº 286)

 


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Avós: importante contribuição para o desenvolvimento da criança

São divertidos companheiros de brincadeira, pacientes contadores de histórias e excelentes professores. São os avós! Nós, os pais, apenas devemos evitar que os seus mimos sejam excessivos ou que a sua atitude face aos netos entre em choque com a nossa.

 

Todos ficam a ganhar. Para os avós, cuidar dos netos pode ser uma injeção de energia. As crianças, por seu lado, ganham uns professores perfeitos e uns belíssimos companheiros de brincadeiras, com tempo para partilhar e paciência face à sua insaciável curiosidade. E para nós, papás, a sua ajuda é impagável… desde que a atitude dos avós não entre em contradição com a nossa forma de os educar.

Algumas das mais gratas recordações de infância estão ligadas aos nossos avós. De acordo com o psiquiatra infantil Arthur Kornhaber, “aquilo que os avós ensinam não se aprende em nenhum outro local”. Efetivamente – e salvo raras exceções –, o ponto de vista das pessoas mais idosas pode ser muito enriquecedor para a criança. Vejamos algumas das razões:

  • Os avós têm mais tempo para escutar e para responder às suas perguntas. Ultrapassam largamente os pais em disponibilidade e paciência. Além disso, transmitem à criança tranquilidade e segurança.
  • É um luxo para a criança ter um companheiro de brincadeiras disposto a proporcionar grandes doses de carinho. Os avós sentem uma união muito especial com os seus netos, dado que são a continuação da família que eles próprios iniciaram. E a sua influência repercute-se no bom equilíbrio emocional da criança.
  • São quem melhor pode explicar aos nossos filhos como nós éramos em pequenos. Às crianças, agrada-lhes saber o que fazíamos, na sua idade, a que brincávamos e de que ríamos. Assim, compreendem que nós fomos como eles e que também tivemos de aprender a fazer as coisas que, agora, lhes custam.
  • Por fim, os avós ensinam as crianças a entender as noções de tempo e de continuidade da vida. Graças aos relatos dos avós, os jovens constroem a sua própria história e a da sua família. Aprendem que os seus pais foram crianças e que se converterão em avós, quando eles próprios tiverem filhos.

A situação ideal

Para a criança, o ideal é poder desfrutar dos dois membros do casal, isto é, da avó e do avô. A avó adota, aos olhos da criança, um papel semelhante ao da mãe, quando ela não está presente; o avô, por seu lado, é a continuação da função paterna. Quando os pais não estão presentes, os avós são os melhores representantes das figuras paternas.

Infelizmente, são muitas as famílias em que um dos avós já faleceu; então, o apego do avô ou da avó ao neto costuma ser ainda maior e, se convivem com frequência, existe mesmo o risco de se vincular em excesso.

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Eczema atópico: da causa ao tratamento

O eczema atópico é uma das doenças cutâneas mais comuns, afetando cerca de 20% das crianças e 1 a 3% dos adultos. Importa, pois, conhecer as causas e explicar os tratamentos.

  

Artigo da responsabilidade da Dra. Cristina Amaro, Membro da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia; Assistente Hospitalar de Dermatologia no Centro Hospitalar Lisboa Ocidental, Hospital de Egas Moniz; Consulta de Dermatologia Pediátrica Hospital Cuf Descobertas e Hospital Cuf Cascais

 

O eczema (sinónimo: dermatite ou dermite) é uma condição inflamatória da pele, caracterizada por uma pele áspera, vermelha com prurido associado. A designação “atopia” utiliza-se para descrever patologias como o eczema, a asma, a rinite, as quais podem estar ligadas por uma base genética.

O eczema atópico é uma das doenças cutâneas mais comuns, afetando cerca de 20% das crianças e 1 a 3% dos adultos.

Nestes doentes, a pele tem uma deficiente função barreira (“pele seca”), devido a um anormal metabolismo lipídico e/ou estrutura proteíca epidérmica (inexistência de algumas moléculas essenciais para a retenção de água e manutenção de uma pele bem hidratada).

FATORES GENÉTICOS, IMUNOLÓGICOS E AMBIENTAIS

O eczema atópico desenvolve-se devido a uma estreita relação entre fatores genéticos, imunológicos e ambientais, refletindo-se numa barreira cutânea disfuncional e na desregulação imunológica, promovendo a inflamação. Apesar de poder coexistir uma sensibilização alimentar, esta não se manifesta, na maioria das crianças, por eczema. O mesmo para os ácaros do pó da casa: embora seja consensual que os doentes com eczema atópico estão frequentemente sensibilizados a estes alergenos, não há evidência suficiente que estratégias para os evitar previnam o eczema.

O seu início é mais comummente observado entre o 3 e os 6 meses de idade. Aproximadamente 60% dos casos surge em crianças com menos de 1 ano e 90% em idade inferior aos 5 anos. Em 2 em cada 3 crianças, resolve até à adolescência ou torna-se menos grave ou frequente. Contudo, não se pode prever qual a evolução individual. É uma doença que designamos por crónico-recidivante, pois manifesta-se por surtos (fases agudas nas quais se observa a vermelhidão, pequenas vesículas com líquido transparente). Regra geral, agrava no inverno e melhora espontaneamente no verão. Nas áreas que são coçadas de forma persistente, a pele fica espessada e particularmente pruriginosa (processo designado por liquenificação).

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quinta-feira, 6 de setembro de 2018

Olhe pela saúde dos seus pés!

As flutuações nos valores da glicemia são, habitualmente, a principal característica que se associa à diabetes. O que a maioria das pessoas desconhece são as complicações que advêm dos elevados níveis de açúcar no sangue ao longo do tempo, nomeadamente as complicações crónicas, como o pé diabético.

 

Artigo da responsabilidade da Enfª Patrícia Parrinha

 

O pé diabético surge como uma consequência das lesões que ocorrem nos nervos periféricos e nos vasos sanguíneos dos membros inferiores, caracterizando-se pelo desenvolvimento de infeção, ulceração ou destruição dos tecidos profundos, podendo mesmo conduzir à amputação do membro inferior.

DE QUE FORMA É QUE ISTO ACONTECE?

As lesões que ocorrem ao nível dos nervos e dos vasos sanguíneos fragilizam as estruturas do pé da seguinte forma:

  • A pele fica mais seca e com maior probabilidade de originar fissuras;
  • Existem alterações dos pontos de pressão, levando ao aparecimento de calosidades que podem evoluir para úlceras;
  • A sensibilidade diminui, pelo que os estímulos de dor, calor ou frio podem não ser percebidos da mesma forma que anteriormente, ou mesmo desaparecer;
  • A própria forma do pé pode sofrer alterações estruturais;
  • A fraca vascularização compromete a capacidade de defesa e regeneração dos tecidos.

Todas estas situações predispõem para o aparecimento de lesões, que podem evoluir para feridas e úlceras infetadas, antes sequer que se perceba a sua evolução. Devido à perda da sensibilidade protetora, muitas vezes, as lesões só são percebidas numa fase muita adiantada, quando o tratamento é mais complexo e a recuperação mais difícil, sendo que, em alguns casos, a única solução passa mesmo pela amputação do membro ou parte dele, de modo a evitar que a lesão se alastre.

QUATRO AMPUTAÇÕES POR DIA

O pé diabético é, aliás, umas das principais causas de amputação não traumática em Portugal. Dados do Observatório Nacional da Diabetes de 2014 indicam que, a cada dia, há 4 amputações causadas pela diabetes, tendo-se registado uma preocupante, ainda que ligeira, trajetória de crescimento nos últimos dois anos.

É por este motivo que é tão importante que quem tem diabetes olhe pela saúde dos seus pés. As consequências representam uma enorme perda da qualidade de vida para o próprio, e também elevados custos económicos e sociais para todos.

O risco de vir a desenvolver complicações pode ser medido e, conhecendo esse risco, é possível adotar medidas preventivas e evitar o desenvolvimento e/ou progressão de uma lesão no pé.

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Esclerose lateral amiotrófica: apoio nutricional é de extrema importância

A importância da nutrição ainda não está suficientemente valorizada na esclerose lateral amiotrófica, apesar de ser uma das mais importantes intervenções terapêuticas de que dispomos.

 

Artigo da responsabilidade do  Dr. Diogo Sousa Catita, nutricionista no Serviço de Nutrição da APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica

 

A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença neurológica degenerativa progressiva rara que afeta mais de 70 mil pessoas em todo o mundo e cerca de 800 pessoas em Portugal. Para um melhor prognóstico e melhor qualidade de vida, é fulcral que o doente seja acompanhado por uma equipa multidisciplinar, que deve incluir: médicos, terapeutas da fala, fisioterapeutas, enfermeiros, nutricionistas e psicólogos.

Para além da afeção neurológica, durante a evolução da doença, o estado nutricional do doente fica comprometido devido à capacidade catabólica da própria doença. A degradação e atrofia muscular, a disfagia (dificuldade em deglutir) e o cansaço fácil são fatores que tendem a evoluir durante os diferentes estadios da doença e que vão influenciar o estado geral e nutricional.

IMPORTÂNCIA DA NUTRIÇÃO NÃO É VALORIZADA

Esta dificuldade em deglutir afeta 85% das pessoas com ELA. Pode levar ao engasgamento, com pneumonias por aspiração, à diminuição da ingestão alimentar e, assim, acelerar a degradação muscular, contribuindo para a evolução negativa da doença. O cansaço fácil faz com que, só de mastigar os alimentos, o doente fique cansado e com dispneia. Assim, não consegue ingerir a totalidade das refeições que seriam adaptadas às suas necessidades, o que agrava a desnutrição e acelera a destruição dos músculos.

Infelizmente, a importância da nutrição ainda não está suficientemente valorizada na ELA (como acontece em outras doenças), apesar de ser uma das mais importantes intervenções terapêuticas de que dispomos. No Serviço Nacional de Saúde (SNS), não é suficientemente valorizada, o que se reflete pelo reduzido número de nutricionistas. Lamentavelmente, quando estes utentes chegam à consulta na APELA – Associação Portuguesa de Esclerose Lateral Amiotrófica, mais de 60% apresenta um Índice de Massa Corporal (IMC) inferior a 19,00 Kg/m2, um indicador de desnutrição e de maior risco de mortalidade, o que dificulta o apoio do nutricionista. A nutrição deveria ter primordialmente um papel preventivo e não ser um recurso para “correr atrás do prejuízo”.

PAPEL DO NUTRICIONISTA

O nutricionista deve ter o papel de ajustar o plano alimentar destes doentes, de acordo com as suas necessidades e tendo em conta as consistências alimentares indicadas pela Terapia da Fala. Contudo, dar resposta às necessidades nutricionais destes utentes, recorrendo a alimentos comuns, com alteração da consistência, e tendo em conta o pouco apetite e o cansaço destes doentes, torna-se um verdadeiro desafio. Temos de recorrer, muitas vezes, a suplementos nutricionais para suprir as necessidades energético-proteicas com um baixo volume alimentar.

O problema associado a estes produtos é, maioritariamente, o custo que acarretam. Há utentes que gastam cerca de 300 euros por mês em suplementos nutricionais para garantir o aporte nutricional adequado.

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Benefícios do vinagre: versátil e saudável

O vinagre está na moda e são muitas as pessoas que já não passam sem este produto. Conheça todos os seus benefícios.

 

Artigo da responsabilidade da Dra. Helena Cid, nutricionista

 

O vinagre é um dos produtos mais antigos do mundo. A sua origem é desconhecida, mas tudo indica que terá surgido no Neolítico. A descoberta da agricultura foi um período de grande revolução na alimentação e o vinagre surge através da descoberta ocasional da fermentação de alimentos, como frutas e outros produtos agrícolas. Atualmente, está na moda e são muitas as pessoas que já não sabem viver sem este produto.

PRODUTO 100% DE ORIGEM NATURAL

Atualmente, o vinagre deixou de ser um sub-produto do vinho. Aposta-se na qualidade da matéria-prima para produzir diferentes e variados vinagres. A produção do vinagre obtém-se a partir de alimentos de origem agrícola, bem nossos conhecidos e que fazem parte da alimentação diária, como, por exemplo, frutos, cereais, hortícolas, mel ou diferentes tipologias de vinho. Todos eles têm um ponto em comum: são fontes de hidratos de carbono fermentáveis, ou seja, açúcares que fermentam.

DUPLA FERMENTAÇÃO

O vinagre é um produto natural feito através de um processo biológico de dupla fermentação: alcoólica e acética. Isto é, o açúcar presente num alimento é fermentado e converte-se em álcool, ocorrendo, então, uma fermentação alcoólica. O álcool presente, por ação das bactérias acéticas, sofre outro processo de fermentação e transforma-se em ácido acético.

A qualidade do vinagre depende, sem dúvida, da qualidade dos seus ingredientes de origem. Atualmente, a maioria dos vinagres que existem no mercado são de excelente qualidade, feitos com ingredientes naturais cuidadosamente selecionados.

IMPORTANTES BENEFÍCIOS NUTRICIONAIS

O vinagre contém um baixíssimo teor de sódio, tornando-se um ótimo substituto do sal. Em Portugal, o número de hipertensos é elevado e uso de vinagre é especialmente indicado para quem necessita de reduzir ou controlar o consumo de sal. Experimente temperar uma carne de aves durante cerca de 20 minutos com vinagre balsâmico Modena. Depois, cozinhe a carne sem adicionar sal.  A carne fica mais macia e muito saborosa!

Por outro lado, o vinagre é isento de gordura, o que o torna um excelente tempero, além de que também é baixo em calorias (Kcal). Por exemplo, 1 colher de sopa de vinagre (15g) fornece apenas 3,2 Kcal.

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quarta-feira, 5 de setembro de 2018

10 bons conselhos para evitar a síndroma pós-férias

Sente-se cansado e apático? Resmunga e irrita-se à mínima situação? Não suporta o chefe e já só pensa no próximo feriado? Diagnóstico: sofre da síndroma pós-férias. Aqui ficam alguns bons conselhos para ajudar a superar esse estado de alma.

 

Comece gradualmente

Não se atire como um louco ao trabalho que se acumulou durante as suas férias. O que importa se tem 700 e-mails para ler? Leia metade hoje e o restante amanhã! O segredo do regresso ao trabalho está em tentar fazer as coisas com calma.

Regresse a uma quarta-feira

Para não entrar logo a enfrentar uma semana inteira de trabalho, é melhor que regresse de férias a meio da semana. Se entrar a uma quarta ou quinta-feira, remata a questão dos e-mails nesses dias e descansa mais dois, para amenizar o impacto do regresso.

Não faça contagens decrescentes

Já está a pensar que lhe faltam 6 ou 7 meses para voltar a ter férias? Esta é a forma mais rápida de cair na síndroma pós-férias! Mentalize-se de que está revigorado e pronto para aproveitar o presente.

Sinta-se satisfeito com a vida

É daquelas pessoas que vê o copo meio cheio ou meio vazio? Repare bem: de certeza que está meio cheio! Encare o regresso ao trabalho como um reencontro com a normalidade e com a vida um pouco mais organizada. Se se centra no mal-estar, a única coisa que conseguirá é gerar mais preocupação e ainda mais mal-estar. Além de que os dias assim ficam muito mais compridos!

Não se aborreça com pormenores

Deve assegurar que a sua relação com o chefe, colaboradores e colegas de trabalho se baseia numa comunicação fluida e relaxada. É uma excelente forma de levar a melhor num processo de adaptação. Se é médico, jornalista ou professor, tenha cuidado, porque este tipo de profissões e o ambiente laboral que as rodeiam torna as pessoas mais propensas a sofrer de stress pós-férias.

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É tempo de reparar os estragos do verão

Pela baça, desidratada, com manchas e rugas visíveis são algumas das heranças do verão. Para reparar estes e outros estragos, especialistas em estética elaboraram uma lista de tratamentos que prometem repor a saúde e a beleza da sua pele.

 

Depois das férias, a maioria das mulheres depara-se com alguns problemas de pele recorrentes: perda de luminosidade cutânea, aparecimento de manchas, aumento da flacidez e rugas e rídulas mais visíveis. Sintomas, todos eles, do fotoenvelhecimento, aquele que é despoletado pelo sol e responsável por desequilíbrios cutâneos precoces.

Ao penetrarem na pele, as radiações solares interferem ainda com o equilíbrio cutâneo, ressecando as peles mais secas e aumentando a produção de oleosidade nas epidermes mistas a oleosas. Se numa cútis ressequida, o resultado se traduz no aparecimento de marcas de expressão em zonas sensíveis, como o contorno de olhos e em redor da boca, na pele com tendência à produção excessiva de sebo, o efeito nefasto dos UV observa-se em poros mais dilatados que favorecem o depósito de impurezas, o aparecimento de borbulhas e a aspereza da superfície cutânea.

A maioria dos “estragos” observa-se no rosto, mas a pele do corpo não está imune aos malefícios solares – o sol destrói as fibras de colagénio e elastina, contribuindo em muito para o aparecimento de flacidez e estrias.

Para reparar estas indesejadas heranças solares, é fundamental intervir assim que o verão se vai embora, de modo a preparar a pele para a entrada nos meses mais frios.

 

Pele mais bonita, passo a passo

Uma vez que os cuidados caseiros e o uso de cosméticos não são, por si sós, suficientes, só num centro de estética é possível encontrar soluções rápidas e eficazes para todos os problemas pós-solares.

 

Problema – Pele desvitalizada e com imperfeições

Solução – Esfoliação com ponta de diamante

O ato de esfoliar a pele a um nível profundo é a melhor forma de apagar os traços das agressões que praia e piscina infligem na cútis. Depois da época balnear, é comum a pele apresentar alterações de textura, tornando-se mais espessa e granulada. Esfoliar significa remover da pele as células mortas que se acumulam à sua superfície, ato que permite desvelar, instantaneamente, uma aparência mais limpa e luminosa.

Um peeling mecânico com ponta de diamante permite refazer a superfície da cútis e corrigir aspereza e falta de brilho, deixando a pele macia e fresca. Este peeling é menos agressivo para a pele do que o químico e o de cristal, vulgarmente conhecido por microdermobrasão. Aplicada sobre a pele húmida, a ponta de diamante promove a recuperação da elasticidade da pele, a diminuição do excesso de oleosidade e, consequentemente, do aparecimento de borbulhas.

A sua ação estende-se ainda às linhas de expressão mais finas, que são também suavizadas por este aparelho. Ao remover a camada mais impermeável da pele, a superficial, a esfoliação com ponta de diamante possibilita uma melhor absorção de máscaras e cosméticos.

 

Problema – Rugas e falta de hidratação

Solução – Luz laser

A luz laser tem mais de 50 anos, mas as suas aplicações continuam a superar-se e a evoluir de ano para ano. Não restam, por isso, dúvidas de que o laser é a mais poderosa das armas contra uma das maiores manifestações do envelhecimento cutâneo – as rugas, que depois do verão costumam aparecer no rosto, em particular quando não houve uma adequada proteção solar.

A luz laser de baixa frequência está indicada para áreas pequenas do rosto e atua diretamente sobre os fibroblastos, impelindo-os a produzir mais elastina e colagénio. As rugas são, desta forma, preenchidas e atenuadas, graças à energia bioestimulante que a luz laser leva até aos tecidos cutâneos e que promove uma profunda regeneração celular. Rosto e seus contornos sofrem um efeito lifting instantâneo e, por debaixo da superfície, os tecidos ganham novas doses de hidratação, restabelecendo as suas reservas de água. Esta luz laser possui a vantagem de não desidratar as células, preservando-as.

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22 dicas de beleza para acabar com os mitos

Todas as suas dúvidas sobre os cuidados do rosto, corpo, maquilhagem e cabelos terminam aqui e agora. Neste artigo, destronamos vários mitos de beleza, esclarecemos mal-entendidos e revelamos técnicas infalíveis.

 

ROSTO

  1. Como se aplica o creme?

Na testa, com movimentos circulares, desde a glabela (entre as sobrancelhas) até às têmporas; em redor dos olhos, com toques suaves que incidam da zona do nariz até às têmporas; em torno do rosto, com movimentos ascendentes, até às orelhas, descendo depois até ao pescoço.

  1. Qual a validade média dos cosméticos?

Existem três aspetos que indicam se estão estragados: cheiro desagradável, cor amarelada e textura líquida ou oleosa. Apesar de cada produto ter a sua própria caducidade e conservantes diferentes, o prazo de validade aproximado é de:

  • Baton: 30 meses
  • Sombra: 6 a 12 meses
  • Creme de rosto: 12 meses
  • Creme de corpo: 12 meses
  • Desmaquilhante: 12 meses
  • Desodorizante: 12 meses
  • Gel de banho e champô: 12 a 18 meses
  • Máscara: 3 meses
  • Base: 12 meses
  1. Quem tem acne pode usar um hidratante?

As peles com borbulhas também necessitam de hidratação, além de limpeza escrupulosa. Nestes casos, deve optar-se por um cosmético “oil-free” (isento de gordura).

  1. Qual a diferença entre um creme de dia e um de noite?

Os cremes de dia são mais ligeiros, hidratando e protegendo dos raios solares. Os cosméticos noturnos, além de mais densos e ricos, têm uma função reestruturante (estimulam a produção de colagénio e elastina); devem ser utilizados a partir dos 25 anos, quando a pele começa a perder a sua tonicidade.

  1. Os cremes anti-idade e antirrugas são a mesma coisa?

Não, pois os cremes anti-idade atuam sobre todos os sinais do envelhecimento (rugas, flacidez e manchas). Os cremes antirrugas destinam-se ao tratamento e à prevenção específica das mesmas.

  1. Que forma devem ter as sobrancelhas?

O truque do lápis é perfeito: coloque-o junto à asa do nariz para assinalar o início da sobrancelha; acerte-o na diagonal entre o centro do lábio superior e a íris para marcar o ponto mais alto do arco. Por último, a sobrancelha deve terminar sobre o canto exterior do olho.

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terça-feira, 4 de setembro de 2018

Hiperplasia benigna da próstata: é comum e tem tratamento

A hiperplasia benigna da próstata é uma das doenças benignas mais comuns nos homens, sendo uma patologia com mais incidência do que o cancro da próstata. No entanto, permanece desconhecida pela maioria da população.

 

Artigo da responsabilidade do Prof. Estêvão Lima, diretor de Serviço de Urologia do Hospital de Braga

 

A próstata é uma glândula que se situa entre a bexiga e o pavimento pélvico, sendo atravessada pela parte inicial da uretra, e desempenha importantes funções para a fertilidade masculina. Quando esta aumenta de volume, pode estreitar de forma gradual a uretra, dificultando o fluxo da urina.

A hiperplasia benigna de próstata (HBP) é uma entidade clínica difícil de caracterizar, porque praticamente todas as próstatas crescem com o envelhecimento e histologicamente tem hiperplasia do tecido prostático. Isto acontece porque, após a puberdade, os testículos começam a produzir testosterona, que se vai transformar em dihidrotestosterona na próstata, hormona que induz o crescimento prostático. Assim, praticamente todas as próstatas vão crescer – umas mais do que outras – sendo esse crescimento determinado, em princípio, por fatores genéticos, já que até agora nunca foi demonstrado que os fatores ambientais – tais como a alimentação, a atividade sexual ou outros – tivessem influência no crescimento da próstata.

 

SINTOMAS PERTURBADORES E INCAPACITANTES

A hiperplasia benigna de próstata está muito relacionada com o envelhecimento, sendo muito comum nos homens com mais de 40 anos. A sua prevalência aumenta progressivamente com a idade, atingindo o pico por volta dos 80-90 anos. Em Portugal, cerca de 50% dos homens com mais de 50 anos tem sintomas sugestivos de HBP, podendo esta percentagem atingir os 80% nos homens com mais de 75 anos.

Os sintomas da hiperplasia benigna da próstata resultam, não só do obstáculo ao fluxo urinário, como consequência do aumento do volume da próstata, mas também da disfunção da bexiga e apresentam um forte impacto na qualidade de vida dos doentes. Os sintomas mais comuns são: jato urinário fraco, fino e, por vezes, interrompido; idas frequentes à casa de banho; vontade súbita de urinar com perdas involuntárias de urina; dificuldade em iniciar a micção; e interrupção frequente do sono para ir três ou quatro vezes à casa de banho, facto que faz com que sono se torne menos descansado e retemperador. Estes são sintomas que podem ser extremamente perturbadores e incapacitantes, uma vez que podem provocar estados de ansiedade/depressão e obrigar o doente a mudar o modo de vida para enfrentar os sintomas urinários.

É POSSÍVEL MELHORAR OS SINTOMAS

Apesar de não existir forma de prevenir o aparecimento da doença, é possível melhorar os sintomas. O objetivo do tratamento é a melhoria dos sintomas do trato urinário inferior (LUTS) e da qualidade de vida do doente, bem como prevenir complicações relacionadas com a HBP, o que se consegue, na maior parte dos doentes, através de medicação.

O tratamento médico faz-se com medicamentos que relaxam a musculatura do colo vesical e uretra prostática, tais como os bloqueadores alfa adrenérgicos e os inibidores da fosfodiaterase do tipo 5, e com fármacos que inibem uma enzima que existe na próstata, evitando o aumento do volume prostático ou promovendo mesmo a sua redução.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2018 (nº 286)


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Selénio e tiroide: uma relação indissociável

O selénio é um mineral que faz parte da estrutura de certas proteínas e que tem uma relação muito próxima com o bom funcionamento da tiroide.

 

Artigo da responsabilidade da Dra. Inês Veiga, farmacêutica

 

A tiroide produz hormonas fundamentais para o metabolismo: a triiodotironina (T3) e a tetraiodotironina ou tiroxina (T4). Estas hormonas promovem as reações metabólicas em praticamente todos os tecidos: aumentam a síntese de enzimas oxidativas, com consequente aumento do consumo celular de oxigénio; favorecem a absorção intestinal de glucose e a sua utilização como combustível nas células; e aumentam a frequência cardíaca e a atividade neuromuscular.

A tiroide é também o órgão que aloja a maior concentração de selénio, um micronutriente essencial. O selénio é um mineral que faz parte da estrutura de certas proteínas, designadas selenoproteínas, com funções essenciais na tiroide: conversão da hormona T4 em T3, que é a forma mais ativa; e remoção de radicais livres de oxigénio originados na síntese destas hormonas. Caso haja deficiência em selénio, a expressão nas selenoproteínas antioxidantes fica comprometida, originando lesão oxidativa nas células da tiroide.

FALTA DE SELÉNIO E LESÃO OXIDATIVA NA TIROIDE

De acordo com o Grupo de Estudos da Tiroide da Sociedade Portuguesa de Endrocrinologia, Diabetes e Metabolismo, as doenças autoimunes da tiroide afetam 1 milhão de portugueses. As formas mais comuns são a tiroidite de Hashimoto (hipotiroidismo) e a doença de Graves (hipertiroidismo). Estas patologias parecem ter uma componente ambiental e genética, como aliás acontece noutros fenómenos de autoimunidade, em que o sistema imunitário reage contra estruturas do próprio organismo. Vários estudos revelam que os radicais livres de oxigénio, produto natural do metabolismo energético das células, também têm um papel determinante no desenvolvimento das reações de autoimunidade.

Durante a produção de hormonas que ocorre na tiroide, são produzidos radicais livres, como o peróxido de hidrogénio. É aqui que as selenoproteínas antioxidantes desempenham uma função crucial na proteção dos tireócitos (células da tiroide) contra os danos oxidativos causados por estes metabolitos tóxicos.

Um grupo de endocrinologistas do Centro Hospitalar de São João, no Porto, concluiu que a deficiência em selénio, mesmo que ligeira, pode constituir um dos fatores ambientais que inicia ou mantém a atividade autoimune da tiroide, particularmente em pessoas geneticamente suscetíveis. Outro grupo de endocrinologistas do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra verificou, numa revisão publicada em 2017, que a suplementação com selénio reduz os níveis de autoanticorpos dirigidos a proteínas da tiroide. Ao fim de 3 meses, foi possível identificar uma redução significativa; contudo, ao fim de 6 meses, os marcadores avaliados sofreram uma redução ainda mais acentuada. O selénio não substitui os medicamentos prescritos pelo endocrinologista, mas pode ser associado à terapêutica farmacológica por ele prescrita.

O selénio pode ser associado ao zinco, outro mineral que está presente nos recetores da hormona T3 em todas as células onde esta hormona exerce o seu efeito, proporcionando um maior equilíbrio a nível dos mecanismos de controlo da função tiroideia.

DEFICIÊNCIA EM SELÉNIO

É possível encontrar selénio na carne, frutos secos e cereais, porém, são cada vez mais os estudos que comprovam que os solos de toda a Europa contêm baixos teores de selénio, condicionando o conteúdo de selénio nestes alimentos. Na Finlândia, desde os anos 80 que foram implementadas estratégias para aumentar o aporte alimentar de selénio. Essas estratégias incluem a utilização de fertilizantes agrícolas enriquecidos com selénio, bem como a adição de selénio às rações dos animais.

Um estudo recente conduzido em Portugal por um grupo de investigadores do Instituto Superior Técnico de Lisboa concluiu que o solo agrícola português, bem como o trigo produzido neste território, contêm teores de selénio equivalentes aos que foram identificados no Norte da Europa, nos anos 70 e 80. Estes investigadores concluem que deveriam ser implementadas estratégias de enriquecimento dos solos com selénio.

Outra estratégia para aumentar o consumo de selénio, e garantir um funcionamento adequado da glândula da tiroide, é recorrer a um suplemento alimentar. Porém, é essencial selecionar um suplemento de qualidade e com uma dose adequada. Atualmente, a forma com mais documentação científica, no que diz respeito à absorção, eficácia e segurança, é a levedura enriquecida com selénio (uma matéria-prima natural e orgânica). No caso da tiroide, a dose recomendada será a partir de 100 microgramas por dia. Contudo, é conveniente ter em consideração que, em doses elevadas, os riscos do selénio podem sobrepor-se aos benefícios. Um profissional de saúde poderá recomendar o suplemento e a dose mais adequada, consoante a necessidade de cada pessoa.

Os benefícios do selénio não se cingem à tiroide: o aumento da sua ingestão favorece também a resposta do sistema imunitário, a fertilidade e reforça a defesa antioxidante, extremamente importante nos fumadores, desportistas ou pessoas sujeitas a elevados níveis de stress.

Artigo publicado na edição de setembro 2018 (nº 286)


Selénio e tiroide: uma relação indissociável publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

Distúrbios da tiroide: esclarecimentos e recomendações

Nos últimos anos, o conhecimento sobre os distúrbios da tiroide tem vindo a aumentar, interesse motivado pela sua importância fundamental na saúde e bem-estar. Em particular, o tratamento do hipotiroidismo é hoje muito eficaz, embora exija alguns cuidados.

 

Artigo da responsabilidade da Dr.ª Maria João Oliveira, médica endocrinologista do Centro Hospitalar de Vila Nova de Gaia/Espinho

 

A tiroide é uma pequena glândula que pesa apenas cerca de 15 a 25g e está localizada na face anterior da base do pescoço. Tem a forma de uma borboleta, com dois lobos unidos pelo istmo, cada um num dos lados da traqueia.

É  uma glândula endócrina porque as duas hormonas que produz – T4 (tiroxina) e T3 (triiodotironina) – são secretadas diretamente para o sangue. É através da corrente sanguínea que as hormonas vão chegar a todas as células, tecidos e órgãos. Ajudam a utilizar a energia, mantêm a temperatura corporal, permitem o crescimento e desenvolvimento na criança e o funcionamento normal do coração,  cérebro, músculos e outros órgãos.

APORTE EM IODO

Um aporte adequado em iodo é fundamental para a síntese de hormonas tiroideias. O iodo está presente nos peixes e mariscos provenientes do mar, no leite e derivados e nalguns vegetais (no entanto, a sua concentração nestes últimos depende do teor em iodo do solo onde são cultivados). A alimentação deve ser variada com estes alimentos em concentração equilibrada.

Se se suspeitar de um défice de iodo, pode também optar-se por usar sal iodado, não esquecendo, no entanto, que o uso excessivo de sal é prejudicial para a saúde. Em Portugal, e porque se provou que existia um défice de iodo durante a gravidez, as mulheres devem tomar um suplemento de iodo no período antes da conceção, durante toda a gestação e na amamentação

DOENÇAS RELATIVAMENTE FREQUENTES

As doenças da tiroide são relativamente frequentes. Pensa-se que entre 5 a 10% dos portugueses tenha alguma forma de doença da tiroide, embora não se conheçam os números exatos em Portugal. As mulheres são cerca de 10 vezes mais afetadas do que os homens.

Sabe-se que quando a glândula tiroideia funciona mal, o funcionamento dos outros orgãos pode também não ser normal. A tiroide, por sua vez, é estimulada por outra hormona – a TSH (hormona tireoestimulante) – que é produzida numa glândula, a hipófise, que se localiza na base do cérebro, por detrás do nariz.

O funcionamento da tiroide é muito fácil de avaliar. Através de uma simples análise ao sangue, que doseia a TSH e a T4, é possível saber se a tiroide trabalha ou não normalmente.

Há algumas circunstâncias nas quais é importante que o médico requisite uma análise à função da tiroide, designadamente nos seguintes casos: na mulher que pretende engravidar ou após o início da menopausa; no doente com diabetes; nas pessoas submetidas a radiação da cabeça ou pescoço ou que façam tratamento com determinados fármacos; no caso de algumas síndromes genéticas, como a trissomia 21 ou a síndrome de Turner; na criança que não se desenvolve; e em caso de demência ou alterações psiquiátricas.  Sempre que surjam sinais ou sintomas que possam sugerir uma doença da tiroide, o médico deve estar atento e requisitar esta análise.

As duas alterações da função da tiroide são o hipertiroidismo e o hipotiroidismo. Este é cerca de 10 vezes mais frequente que o primeiro.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2018 (nº 286)


Distúrbios da tiroide: esclarecimentos e recomendações publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

segunda-feira, 3 de setembro de 2018

Guia de compras para uma alimentação equilibrada

Preparar diariamente refeições equilibradas, ricas em nutrientes e, ainda por cima, variadas, não é tarefa fácil. É preciso que as necessidades nutricionais de toda a família sejam satisfeitas, sem desequilíbrios dietéticos nem económicos. O processo de decisão começa no supermercado.

 

Caneta e papel na mão. A palavra de ordem é economizar, planear as compras e reduzir as despesas inúteis. Não há dúvida de que a crise levou a que muitas famílias tivessem que “apertar o cinto”, logo a frase de ordem é: encontrar os alimentos com o menor preço possível, mas com boa qualidade.

É claro que não é nada fácil vencer este desafio, principalmente quando o supermercado é uma verdadeira tentação. Mas se está disposta(o) a enfrentar os preços, mãos à obra. Comece desde já a eliminar os gastos mais superficiais. Resume-se aqui alguns truques que podem ajudá-la(o) a controlar o terrível gesto de comprar por impulso.

30 Truques

1- Não vá às compras com fome! Com fome, compramos mais do que precisamos e já que os alimentos estão em casa, vamos acabar por comê-los.

2- Faça uma lista de compras daquilo que realmente precisa, deixando o “menos essencial” de lado, e comece as compras pelo setor dos hortofrutícolas. Desta forma, enchemos o carrinho com frutas, vegetais e legumes (que são volumosos), deixando muito pouco espaço para os outros “itens” que geralmente nos engordam mais.

3- Evite passar pelo corredor dos doces e dos aperitivos salgados, porque basta olharmos para abrir logo o apetite; e o que é pior é que fica mais difícil resistir a estas tentações.

4- Se possível, compare os produtos alimentares, lendo os rótulos e escolha os menos calóricos e os que contenham menor quantidade de gordura. Existem muitas opções no mercado de produtos mais saudáveis e igualmente muito saborosos.

5- Tenha em atenção aos lançamentos de novos produtos alimentares: se necessário, peça mais informações sobre esses novos produtos juntos dos funcionários ou de profissionais especializados, como o nutricionista. As novidades de alimentos diet, light, biológicos, glúten free, lactose free e/ou mais saudáveis aparecem quase todos os dias. Porém, não se iluda com as ofertas, levando quantidades desnecessárias, porque quando consumidos em excesso estes alimentos aumentam o valor calórico diário.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2018 (nº 286)


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Células estaminais do cordão umbilical: opção que alarga as possibilidades de tratamentos no futuro

São muitos os indicadores que revelam o potencial das células estaminais e o crescente interesse nesta possibilidade terapêutica. Na eventualidade de surgimento de doenças que possam beneficiar da utilização de células estaminais, criopreservar as células do cordão umbilical constitui uma medida que pode alargar as possibilidades de tratamento no futuro.

Artigo da responsabilidade da Dra. Carla Cardoso, diretora de Investigação e Desenvolvimento da Crioestaminal

 

As células estaminais são células com características que as tornam “especiais”, dada a capacidade de se autorrenovarem indefinidamente e de se conseguirem diferenciar num ou mais tipos de células especializadas. As células estaminais podem ser classificadas em função da sua origem e/ou da sua capacidade de diferenciação em dois tipos: embrionárias e adultas.

As células estaminais embrionárias, presentes numa fase inicial do desenvolvimento humano, originam todos os tipos de células (tecidos e órgãos) que constituem o corpo humano. As células estaminais adultas permitem manter as funções dos tecidos e órgãos em que estão presentes, bem como reparar os tecidos/órgãos em caso de lesão. Alguns tecidos neonatais, como a placenta, o sangue e o tecido do cordão umbilical, contêm também populações de células estaminais adultas (assim designadas por serem obtidas após o nascimento) com interesse terapêutico.

As células estaminais adultas que têm tido maior relevância a nível clínico são as células estaminais da medula óssea, do sangue periférico e do sangue do cordão umbilical. Estas fontes são ricas em células estaminais hematopoiéticas, isto é, as células que dão origem a todas as células do sangue: glóbulos vermelhos, glóbulos brancos e plaquetas.

Células estaminais do sangue do cordão umbilical

O sangue do cordão umbilical é atualmente considerado uma fonte de células estaminais alternativa à medula óssea e pode ser usado para o tratamento de mais de 80 doenças, que incluem doenças do sangue (como leucemias e alguns tipos de anemias) e do sistema imunitário, e ainda doenças metabólicas, tendo já sido realizados mais de 40.000 transplantes com sangue do cordão umbilical em todo o mundo.

Para além disso, a sua utilização encontra-se em estudo em ensaios clínicos (utilização experimental em humanos), em doenças como paralisia cerebral, autismo, perda auditiva, diabetes tipo 1, lesões da espinal medula, entre outras, o que poderá aumentar o leque de aplicações clínicas do sangue do cordão umbilical.

Células estaminais do tecido do cordão umbilical

O tecido do cordão umbilical é muito rico num outro tipo de células, as células estaminais mesenquimais, que poderão vir a ser úteis para o tratamento de um conjunto alargado de doenças. As células estaminais mesenquimais podem diferenciar-se em cartilagem, osso, músculo e gordura. Para além disso, estas células têm a capacidade de regular a resposta do sistema imunitário, podendo vir a ser usadas no tratamento de doenças autoimunes, para além de, quando utilizadas em conjunto com células estaminais hematopoiéticas, poderem aumentar a probabilidade de sucesso dos transplantes.

O potencial destas células encontra-se em estudo em ensaios clínicos em doenças como diabetes, colite ulcerosa, cirrose hepática, cardiomiopatias, esclerose múltipla, lúpus e doença do enxerto contra hospedeiro, entre outras.

Leia o artigo completo na edição de setembro 2018 (nº 286)


Células estaminais do cordão umbilical: opção que alarga as possibilidades de tratamentos no futuro publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/