quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A revista SAÚDE E BEM-ESTAR continua a disponibilizar a edição mensal também em formato digital, completa e gratuita.

Aqui fica a edição de Outubro – nº 309, que também poderá adquirir, como habitualmente, em papelarias e super/hipermercados.

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SAUDE E BEM-ESTAR 309 Out20 – 13Mb

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publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Scalp Micro Portugal – Especialistas em Dermopigmentação Capilar

A SCALP MICRO PORTUGAL ASSUMEM-SE COMO A MELHOR CLÍNICA DE MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR EM PORTUGAL , OFERECENDO OS MELHORES SERVIÇOS, JUNTAMENTE COM UMA FORMAÇÃO DE EXCELÊNCIA, RECONHECIDA MUNDIALMENTE.

 

Pioneira na área da Micropigmentação Capilar, com a sua Academia certificada pela DGERT – Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho, a Scalp Micro Portugal é especialistas em Micropigmentacão Capilar, ajudando todos aqueles que sofrem de alopecia, através de um servico personalizado, adaptado às suas necessidades individuais, com as melhores soluções para a alopecia androgénica, calvície fraca e perda de cabelo.

O QUE É A MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR?

A Micropigmentação Capilar  é um tratamento cosmético de restauração, inovador e não invasivo. Com o uso de microagulhas e pigmentos naturais, que são injetados sob a camada externa da pele, cria-se um efeito natural, que se assemelha a uma série de minúsculos folículos capilares. Uma vez consolidados e cicatrizados, os implantes pigmentares permanecerão entre 3 a 5 anos , necessitando apenas de recorrer a um pequeno retoque.

Com milhões de homens e mulheresem todo o mundo a sofrer dos efeitos desmoralizantes da perda de cabelo, a Micropigmentação Capilar é a única maneira de restaurar, de forma natural, a linha frontal e devolver a autoestima.

A Micropigmentação Capilar  oferece resultados 100% garantidos, quando efetuada por um especialista com experiência comprovada, principalmente em pacientes que sofrem de apolecia areata , alopecia frontal cicatricial ou outro tipo de diagnóstico onde o tratamento é de maior complexidade.

 

 

 

Tratamentos que pode efetuar na Scalp Micro Portugal

  • Alopecia;
  • Perda de cabelo;
  • Calvície fraca
  • Aumento da densidade capilar;
  • Camuflagem de cicatrizes FUT e FUE;
  • Camuflagem de cicatrizes pós- operatórias.

 

Master Miguel Ângelo Silva

  • Pioneiro e líder na área de Micropigmentação Capilar em Portugal.
  • Nomeado para Melhor Técnico Internacional 2020 de Micropigmentação Capilar, entre os 28 melhores do mundo.
  • Formado pelos melhores e mais distinguidos Masters de SMP da Ásia e dos Estados Unidos da América.
  • A técnica e perícia do Master Miguel Ângelo Silva chamou a atenção, quer a nível nacional quer além fronteiras, levando a que a sua qualidade profissional seja solicitada por pacientes de diversas partes do mundo, que viajam até Portugal para efetuarem Micropigmentacão Capilar com este especialista.
  • As suas clínicas são reconhecidas como das melhores da Europa e do Mundo.

 

Porquê marcar o seu tratamento connosco?

  • A Scalp Micro Portugal possui clínicas em Lisboa e Porto, garantindo todas as condições de higiene e segurança;
  • A Scalp Micro Portugal é a única certificada pela OSHA USA em Portugal em “Bloodborne Pathogens training and infection control for body artists professional (Standards United States CFR 29 1910.1030)”;
  • As clínicas da Scalp Micro Portugal e os seus técnicos estão certificados pela Barbacide;
  • A Scalp Micro Portugal é líder em Portugal, com eficácia de 100% em todos os tratamentos de Micropigmentação Capilar e com uma satisfação 100% de todos os seus clientes.

 

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Veja o vídeo

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Scalp Micro Portugal – Especialistas em Dermopigmentação Capilar publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

Alopecia: causas e soluções

A prevenção da calvície é difícil, dado que não se pode saber, com toda a certeza, se uma pessoa vai sofrer de queda do cabelo; no entanto, pode impedir-se ou atrasar-se o seu desenvolvimento, através de um tratamento eficaz. Além disso, os progressos na cirurgia possibilitaram que a calvície seja um problema cada vez mais fácil de solucionar.

 

A alopecia – ou calvície, como se designa popularmente – é uma denominação que deriva da palavra grega “alopex”, que significa “raposo”. O seu uso na linguagem médica tem origem na comparação com uma dermatose que provoca a perda do pelo daquele animal. A partir daqui, definiu-se a alopecia como a perda parcial ou total de pelo ou cabelo, nas zonas que habitualmente são pilosas.

Queda do cabelo

A queda do cabelo pode ser resultado de distintos fatores e as diferentes formas em que se desenvolve classificam-se em função da possibilidade ou não de recuperar o cabelo: não-cicatricial e cicatricial, respetivamente.

No caso da alopecia cicatricial, não existe nenhuma possibilidade de recuperação do cabelo, porque houve uma destruição irreversível do folículo piloso. As causas mais frequentes são as queimaduras, as radiações e infeções agudas, entre outras. O tratamento cirúrgico, quando a elasticidade do couro cabeludo assim o permite, é a única solução para este tipo de alopecia.

Contudo, a alopecia não-cicatricial é a que mais consultas origina. Esta perturbação é transitória, porque o folículo não foi destruído e, portanto, é possível o crescimento espontâneo ou por tratamento médico. Entre as diferentes causas da alopecia não-cicatricial estão a falta de ferro, frequente nas mulheres – associada à menstruação ou por uma má alimentação –, ingestão de determinados medicamentos ou regimes hipocalóricos. Nestes casos, o cabelo nasce de novo, quando se repõem as reservas de ferro, se substitui o medicamento ou se restabelece uma dieta equilibrada.

A mais conhecida é a alopecia androgénica ou calvície comum, porque afeta 60% dos homens e cerca de 25% das mulheres, embora estudos recentes apontem mesmo para uma percentagem de mulheres afetadas próxima dos 50 por cento.

Questão genética

Para que se produza uma alopecia androgénica, tem de existir uma predisposição genética e um fator hormonal. Mas é possível que não se manifeste, se não ocorrerem outros fatores desencadeantes, como a própria constituição e psiquismo da pessoa ou situações de stress ansioso-depressivas.

O caráter hormonal explica a maior percentagem de homens calvos, relativamente à percentagem de mulheres. Os androgénios – hormonas masculinas –, concretamente a testosterona, são os responsáveis por uma série de secreções no folículo piloso, as quais impedem o desenvolvimento normal do pelo. Mas este fenómeno biológico não é suficiente para que se inicie o processo alopécico, se não existir uma predisposição genética. No caso da mulher, a queda de cabelo é indício de um desequilíbrio hormonal, a favor dos determinantes masculinos.

A evolução da calvície comum no homem começa, normalmente, com o desaparecimento da linha de implantação do cabelo na zona fronto-temporal – pequenas entradas –, que evolui, progressivamente, perdendo-se cabelo na parte superior da cabeça, até formar uma área totalmente desprovida, desde a testa até quase à nuca, já no estádio adiantado da alopecia.

Na mulher, pelo contrário, a calvície começa a desenvolver-se na parte superior do couro cabeludo, de forma difusa, conservando-se sempre a linha de implantação anterior. Por isso, uma boa ação de cabeleireiro consegue melhores resultados estéticos do que no homem, onde as entradas tornam evidente a perda de cabelo.

A idade média para o início da alopecia situa-se entre os 20 e os 30 anos. Quanto mais precoce for, pior prognóstico tem, se não se modificar a tendência, com o tratamento adequado.

Alopecia areata

Embora só afete 1% da população, a alopecia areata, além de ser a mais evidente esteticamente, é a mais traumática do ponto de vista psicológico, uma vez que a queda do cabelo se desenvolve de um modo brusco e numa área mais ou menos extensa: pode afetar uma pequena zona do couro cabeludo, uma sobrancelha, a barba, etc. – alopecia em placas –, ou todo o couro cabeludo e todo o corpo – alopecia universal.

Inicialmente, pensava-se que esta queda tão exagerada de cabelo tinha a sua origem em perturbações de tipo infeccioso, localizadas na garganta, no nariz, nos ouvidos e na boca. Posteriormente, especulou-se que a respetiva causa era um problema de tipo psicológico, consequência de traumas psíquicos, stress, ansiedade ou depressão. Hoje, as investigações demonstraram que a sua causa é uma alteração do sistema imunológico, na qual o organismo não reconhece como seus os folículos pilosos e desenvolve anticorpos, expulsando-os e fazendo com que o cabelo caia. Mas uma vez regulado o sistema imunológico, de forma espontânea ou por tratamento médico, o folículo pode criar pelo novo.

Atualmente, utilizam-se imunomoduladores – substâncias que regulam o sistema imunológico. Não obstante, deve frisar-se que o repovoamento na alopecia areata pode ser espontâneo, embora muitas pessoas atribuam o êxito da aparição do cabelo a cremes sem nenhuma base científica, quando a verdadeira razão foi a reversão do transtorno imunitário. Além disso, a alopecia areata não se desenvolve devido a um problema psicológico, embora este possa ser um fator desencadeante.

Cuidados alimentares

Um fator muito especial é a alimentação. Existe uma série de substâncias, como os oligoelementos e as vitaminas do grupo B, que são necessárias para o desenvolvimento biológico e, especialmente, para a formação e crescimento do cabelo.

O escasso consumo de alimentos imprescindíveis, não só para o desenvolvimento do cabelo, como para a saúde em geral, tais como a aveia, a cevada ou o trigo integral, favorecem a queda. Tal como o que ocorre com o stress, o tabaco e o álcool são desencadeantes de uma perda de oligoelementos que, se não são substituídos com a alimentação, produzem enfraquecimento do cabelo.

Muita gente desconhece que algo tão simples como uma higiene capilar correta é fundamental para retardar a calvície ou, pelo menos, para fazer com que a sua evolução seja mais lenta. É, pois, suficiente a lavagem diária com um champô adequado, suave e de uso frequente, combinado com tratamento, duas ou três vezes por semana, já que a calvície é, normalmente, acompanhada por um excesso de seborreia ou de caspa.

É um erro pensar que a lavagem diária do cabelo acelera a sua queda. Afinal, o cabelo que cai em quantidade, durante a lavagem e a escovagem, já está desprovido de vida e a respetiva manipulação apenas faz com que ele se desprenda mais cedo. Por outro lado, a lavagem diária tem uma eficácia terapêutica, quando é seguida de tratamento local, ao ajudar a retirar totalmente os restos do produto, para que não dificulte a absorção da aplicação seguinte.

Medicamentos úteis

O tratamento medicamentoso é outra das alternativas que ajudam a deter o problema da alopecia. No caso da calvície comum feminina, existe a possibilidade de administrar, por via oral, fármacos antiandrogénicos, desde que não sejam contraindicados.

Como tratamento complementar, podem utilizar-se complexos de aminoácidos, de oligoelementos indispensáveis para a formação da queratina do pelo – substância que lhe dá força.

Frequentemente, o tratamento específico da calvície é acompanhado por um tratamento psicológico, pois produz ansiedade e, como já foi dito, esta pode provocar a queda do cabelo.

Tratamentos cirúrgicos

Se a calvície não responde ao tratamento médico ou está muito avançada, recorre-se a transplantes cirúrgicos, que se podem efetuar de diferentes formas.

O autoenxerto cilíndrico – ou “punch” – realiza-se com um instrumento metálico cilíndrico, do mesmo nome, de três ou quatro milímetros de diâmetro, que recolhe uma unidade de transplante de 10 a 16 pelos, os quais são transladados da zona da nuca para a zona calva. Esta técnica utiliza-se pouco, pois o efeito estético é desagradável, uma vez que os pelos abrem-se na superfície e unem-se na base, obtendo-se um efeito de “cabelo de boneca”.

Uma variante é o denominado minienxerto, muito utilizado, mas que seleciona um diâmetro inferior – milímetro e meio; esteticamente, é tanto mais evidente quanto mais grosso e negro é o cabelo.

Outra variante é o microenxerto, a qual, conservando a mesma técnica, apenas transplanta uma unidade de 0,35 milímetros – um ou dois pelos – e produz um crescimento que é totalmente natural. O inconveniente é que, tratando-se de unidades de transplante muito pequenas, o tratamento requer um maior número de sessões.

Em qualquer dos três casos, o transplante é feito com anestesia local e permite um regresso imediato à atividade laboral.

Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)


Alopecia: causas e soluções publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

Osteoporose: consequência da menopausa

Em outubro, assinalam-se o Dia Mundial da Menopausa (a 18) e da Osteoporose (a 20). A proximidade das efemérides faz todo o sentido, uma vez que a segunda é, frequentemente, consequência da primeira.

 

Apesar de osteoporose também afetar os homens, o risco maior incide nas mulheres menopáusicas. Assim, toda mulher na menopausa e pós-menopausa necessita de avaliação do risco de osteoporose. Para tal, é necessária a combinação de dados da história clínica, exame físico e também a realização do exame da densitometria óssea.

As mulheres de raça caucasiana, as mais magras, as que fumam ou ingerem quantidades excessivas de álcool, tomam corticoesteroides, ingerem cálcio em pequenas quantidades ou têm uma vida sedentária, correm maior risco de sofrer desta doença.

PERDA DE MASSA ÓSSEA

Durante os primeiros cinco anos posteriores à menopausa, perde-se entre 3 e 5% de massa óssea por ano e, nos anos seguintes, entre 1 e 2% ao ano.

As fraturas do punho são mais frequentes por volta dos 55 anos. Os esmagamentos vertebrais ocorrem principalmente entre os 60 e os 70 anos e traduzem-se por dores nas costas (crónicas ou agudas), diminuição da altura e aumento da curvatura da coluna. As fraturas do colo do fémur verificam-se, sobretudo, após os 75 anos. Outros pontos frequentes de fraturas são as clavículas, a bacia e a coxa.

Importante destacar que micro fraturas ocultas são comuns em mulheres na pós-menopausa e indicam um aumento no risco de três a cinco vezes de fraturas osteoporóticas. A presença de uma fratura vertebral significa um risco de 20% a mais para ocorrência de nova fratura.

PREVENÇÃO É O MELHOR REMÉDIO

Não se deve esperar pela primeira fratura para iniciar um tratamento. Uma das principais formas de prevenir fraturas osteoporóticas é através da ingestão de cálcio. Mas para haver uma correta absorção de cálcio é necessário vitamina D, que se adquire através da exposição solar ou da toma de suplementos.

Já existe tratamento farmacológico, que ajuda a reverter a perda da massa óssea, prevenindo, assim, as fraturas. Contudo, o melhor remédio é sempre a prevenção. Esta deve ser feita através da prática de atividade física e boa ingestão de cálcio e vitamina D, evitando simultaneamente o tabagismo e o álcool.

 

Destaque

Como reconhecer a osteoporose?

  • Ataca principalmente mulheres depois da menopausa;
  • É assintomática, ou seja, não provoca sintomas, por isso, quando ocorre uma fratura, é porque a osteoporose já está em estágio avançado;
  • Exige a máxima atenção por parte do médico, seja ele endocrinologista, reumatologista, ortopedista ou ginecologista.

 

Destaque

Formas de prevenção

  • Evitar o tabaco;
  • Evitar as bebidas alcoólicas em excesso;
  • Evitar o consumo excessivo de cafeína, chocolate e espinafres;
  • Realizar atividades físicas regularmente, em particular exercícios de carga, que reforcem os músculos;
  • Alimentar-se adequadamente com uma dieta à base de leite e derivados (gema de ovo e óleo de peixe também contêm vitamina D, essencial para absorver o cálcio);
  • Medir a densidade óssea, com a periodicidade que o médico indicar.

 

 


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sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Impactos das práticas de desinfeção na saúde pública

É indiscutível que a desinfeção ambiental é necessária em áreas de risco e em situações de surto ou pandemia e amplamente reconhecido que o uso adequado de desinfetantes contribui para o controlo de situações graves.

 

Artigo da responsabilidade de João Souto, partner da Zoono Ibéria

 

Podemos fazer recuar a importância da higiene e desinfeção das mãos no controlo de infeções à época dos pioneiros dos procedimentos antisséticos, cujas investigações ganharam visibilidade e impacto a partir de 1820. As conclusões e práticas resultantes desses primeiros trabalhos científicos ainda hoje se aplicam e previnem a propagação de um conjunto amplo de agentes nocivos para a saúde. Em contraste com a higiene das mãos, a relevância da desinfeção de superfícies (ou desinfeção ambiental) tem permanecido, em certa medida, algo controversa.

DESMISTIFICAR DÚVIDAS

Embora incluída em várias políticas e recomendações nacionais e internacionais no controlo de infeções, a desinfeção de superfícies tem sido tomada como “conveniente” em locais que, pela natureza das atividades que neles decorrem, estão mais predispostos à proliferação de microrganismos – é o caso dos hospitais com as infeções nosocomiais. Mas as evidências de que o aumento global da propagação de microrganismos multirresistentes está diretamente relacionado com a transferência entre superfícies e pessoas, em todo o tipo de locais (transportes, restaurantes, espaços de lazer, habitações) já não podem ser ignoradas e, face à pandemia que o mundo atualmente combate, as dúvidas que ainda persistem sobre o tema devem ser desmistificadas.

Preocupações como a toxicidade dos biocidas para os humanos e/ou o meio ambiente têm hoje respostas concretas em tecnologias com fórmulas à base de água, que demonstram em testes laboratoriais níveis de toxicidade semelhantes aos da vitamina C. Os riscos associados à utilização de biocidas depende, principalmente, do ingrediente ativo usado, sendo que, a par das soluções, também os métodos de cultura e as avaliações de perigo toxicológico evoluíram bastante nas últimas décadas.

Múltiplas espécies bacterianas (como o MRSA e o VRE) sobrevivem durante 4-5 meses, e até mais, em superfícies secas, sendo consistentes as provas de que pacientes admitidos em espaços anteriormente ocupados por outros casos de infeção demonstram riscos acrescidos de doença. Assumir que a transferência de microrganismos das superfícies para os humanos não está totalmente demonstrada é como duvidar da própria existência dos vírus simplesmente porque não são visíveis.

ABORDAGEM MULTIBARREIRA

Também a eficácia do desinfetante depende de uma série de fatores: os inerentes ao produto (concentração, formulação, solubilidade em água, pH), os inerentes à aplicação (o tipo de superfície, a temperatura e o tempo de contacto, o grau de humidade e o modo de aplicação – com ou sem ação mecânica) e os inerentes ao microrganismo.

Tanto o grau de interação como as vias de transmissão representam variáveis adicionais no cenário complexo que é a mitigação de riscos de transmissão de agentes patogénicos. Mas a necessidade de enquadrar políticas e procedimentos adequados à descontaminação de superfícies está à vista com a COVID-19 e a abordagem multibarreira tem-se destacado como um caminho de sucesso.

Dentro de uma abordagem multibarreira, as políticas de desinfeção ambiental são sustentadas por avaliações de risco para diferentes superfícies e por diretrizes específicas para diferentes medidas de limpeza, não descurando as próprias propriedades dos materiais e superfícies. A educação e a formação em procedimentos rotineiros de higienização também têm provado o seu valor estratégico, nomeadamente junto das camadas da população mais propensas a “resistir” à incorporação de novos hábitos – os jovens e os idosos.

OS AGENTES “CONTRA-ATACAM”?

Uma vez integrada no dia a dia, à semelhança do que aconteceu com a lavagem das mãos, a desinfeção de superfícies pode sugerir novas questões ligadas à eventual relação entre a resistência antimicrobiana e o uso dos biocidas: os microrganismos podem tornar-se resistentes aos desinfetantes? Qual a relação entre o uso de biocidas e a resistência das pessoas a certos medicamentos, como os antibióticos? Que outros fatores poderão contribuir para a redução da suscetibilidade dos microrganismos aos desinfetantes?

A compreensão atual sugere a possibilidade de ligação entre o uso de certos biocidas e as resistências citadas. Não é, contudo, possível fazer-se uma declaração final sobre os riscos de resistência, uma vez que o número de variações em estudo epidemiológico é considerável.

Seguro é dizer que o estabelecimento de protocolos-padrão, aceites para explicar o uso adequado do desinfetante e avaliar a exposição repetida ao mesmo, permitirão tirar mais conclusões. Nestes protocolos, a tendência é harmonizar os princípios básicos, padrões e técnicas para limpeza e desinfeção de superfícies, olhando à avaliação do risco de contaminação associado às superfícies.

A eficácia do produto, a dosagem, a validade, a forma de aplicação, a toxicidade e o potencial de resistência fazem parte dos standards previstos por estes protocolos, que carecem depois de avaliação de conformidade, para que possam ser integrados nos protocolos gerais de limpeza e desinfeção.

Quando os serviços de limpeza e desinfeção são terceirizados, os critérios de conformidade devem fazer parte de um acordo de nível de serviço, que prevê não só a formação dos colaboradores que vão implementar o processo, como medições, testes e auditorias que validem os resultados obtidos com a estratégia em curso.

CONSCIENCIALIZAR O PÚBLICO EM GERAL

Além dos diretores de hospitais, dos profissionais de saúde e dos políticos, é importante consciencializar o público em geral para a necessidade de procedimentos de desinfeção ambiental adequados a cada contexto – não se desinfeta uma parede de casa com a mesma regularidade que o volante da nossa viatura – e para as consequências adversas das falhas de conformidade, quando verificadas.

Uma melhor compreensão do papel das práticas de desinfeção, nomeadamente a que incide sobre as superfícies, incentivará também o aumento dos apoios aos custos de implementação de programas com garantias de qualidade e segurança.

Existem hoje boas evidências de que superfícies contaminadas contribuem para a disseminação de agentes nocivos. É indiscutível que a desinfeção ambiental é necessária em áreas de risco e em situações de surto ou pandemia e amplamente reconhecido que o uso adequado de desinfetantes contribui para o controlo de situações graves. Próximo passo: fazer da desinfeção uma rotina tão natural como lavar as mãos.

Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)

 


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Tosse: defesa do organismo

A tosse é um mecanismo que serve para manter livres as vias respiratórias. Embora não seja nada de grave, é muito incómoda. Eis como aliviá-la.

 

tosse é um ato reflexo, uma resposta fisiológica à irritação das vias aéreas, que funciona como um importante mecanismo de defesa do sistema respiratório, permitindo a expulsão de elementos nocivos, como poeiras, vírus e bactérias, entre outras substâncias.

tosse é um sintoma frequentemente associado à constipação, podendo, no entanto, ter outras causas, nomeadamente:

  • doenças infecciosas;
  • doenças crónicas (DPOC, asma, refluxo gastroesofágico, insuficiência cardíaca congestiva, etc.);
  • inalação de fumo;
  • presença de corpos estranhos na garganta;
  • alguns medicamentos podem provocar tosse seca e irritativa;

Diagnosticar corretamente o que provoca a tosse é essencial para um tratamento adequado.

 

TIPOS DE TOSSE

A tosse é caracterizada de acordo com a sua duração (aguda ou crónica) e com a sua natureza (produtiva ou seca).

A TOSSE AGUDA surge de forma repentina e apresenta uma duração limitada no tempo (dias ou semanas), estando normalmente associada a infeções respiratórias agudas, como gripes ou constipações. Por norma, é passível de tratamento com aconselhamento farmacêutico.

A TOSSE CRÓNICA prolonga-se no tempo e pode ter origens múltiplas, sendo recomendada a consulta médica.

 

SECA OU PRODUTIVA?

A TOSSE SECA/IRRITATIVA/NÃO PRODUTIVA é caracterizada pela ausência de secreções. Esta tosse é desencadeada pela irritação e inflamação das vias respiratórias superiores, devido a vírus, bactérias ou substâncias irritantes (pó, fumo, etc.).

A TOSSE PRODUTIVA/COM EXPETORAÇÃO ocorre quando existe produção de muco.

É consequência de doenças infeciosas das vias respiratórias inferiores (traqueia, brônquios e pulmões), ou surgir ainda, como uma evolução da tosse seca.

EXPETORANTE OU ANTITÚSSICO?

Na maioria dos casos, a tosse é protetora e facilita a remoção de partículas estranhas e do excesso de secreções – tosse produtiva.

As substâncias expetorantes, como o cloridrato de ambroxol, podem facilitar este processo.

A tosse produtiva não deve ser suprimida com antitússicos, por conduzir à acumulação de secreções que podem atrasar a recuperação de uma infeção pulmonar.

A tosse seca não tem qualquer efeito protetor. Deve ser suprimida com antitússicos, nomeadamente o bromidrato de dextrometorfano, desde que não se suspeite de alguma situação mais grave.

 

Tratamento não farmacológico da tosse

  • Beber muitos líquidos;
  • Evitar o álcool, a cafeína e o tabaco;
  • Humidificar o ambiente (temperatura entre 18 e 20ºC e humidade entre 60 e 80%);
  • Dormir com a cabeceira da cama ligeiramente elevada (para aliviar a tosse seca durante a noite);
  • Evitar esforçar a voz;
  • Descansar bastante.

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Amamentação: vivências, vantagens e regresso ao trabalho

Amamentar é uma técnica, aprende-se a amamentar, ensina-se a criança a mamar. Nos primeiros meses, algumas mães podem confrontar-se com momentos verdadeiramente desafiantes. Estarem informadas é meio caminho para se tornaem verdadeiras peritas.

 

Artigo da responsabilidade da Enfª.  Bárbara Sousa, Enfermeira Especialista em Saúde Materna e Obstetrícia

 

 

 

O período de amamentação é carinhosamente apelidado de “4º trimestre da gravidez”, não só pela proximidade que se mantém entre mãe-filho/a, mas principalmente porque o recém-nascido permanece, tal como o feto, totalmente dependente da mãe em termos nutricionais.

A natureza dotou a mulher da capacidade de nutrir os filhos, pelo que o seu corpo está preparado e é capaz de produzir leite para as necessidades da criança em todas as fases da amamentação.

As primeiras semanas são vitais para estabelecer uma boa produção de leite materno a longo prazo, pelo que sugerimos que, por um lado, se amamente em regime livre, isto é, sempre que o bebé solicitar; por outro lado, que haja uma atenção e cuidado frequente com as mamas e mamilos, aplicando no final de cada mamada colostro/leite materno e lanolina nos mamilos, favorecendo a hidratação e regeneração da pele.

ALIMENTO VIVO

O leite materno é um alimento vivo que contém células estaminais, glóbulos brancos e bactérias benéficas, bem como outros componentes bioativos, como anticorpos, enzimas e hormonas.

De entre muitas vantagens para a criança amamentada, destacamos, nesta fase, o papel importante na prevenção de doenças e combate a infeções, contribuindo não só para um início de vida saudável, como para um desenvolvimento adequado.

O leite materno é um leite único e completamente adaptado a cada criança, havendo consenso mundial de que a sua ingestão exclusiva é a melhor forma de alimentar os bebés até aos 6 meses de vida, mantendo-se posteriormente com a alimentação diversificada pelo período de tempo que a mãe entender.

COMO EXTRAIR O LEITE

Embora se refira a dependência da mãe em termos nutricionais, não significa presença física ad aeternum. A mulher que amamenta pode ter espaços seus, quer seja por motivos sociais, quer profissionais, podendo o bebé ficar ao cuidado de um familiar.

Neste sentido, quando a mãe necessita de se ausentar durante algum período que coincida com as mamadas, pode extrair e conservar o leite para ser oferecido à criança. É, assim, premente conhecer técnicas de extração e conservação de leite, para que possa planear esses momentos.

Por exemplo, no regresso ao trabalho, é importante pensar como vai manter a produção de leite, conhecer e escolher a técnica de extração que mais se adequa à sua situação (manual ou mecânica), se há possibilidade de efetuar extração no local de trabalho, como vai armazená-lo, conservá-lo e transportá-lo em segurança.

Por outro lado, é necessário refletir como será o leite oferecido à criança e quem o fará, para que essa pessoa possa ser também elucidada sobre os cuidados a ter com o leite (como aquecer, que quantidades oferecer, entre outros).

O leite materno extraído pode ser utilizado para alimentar o bebé durante um período de tempo variável, sendo possível criar uma espécie de banco de leite para recorrer nas situações que a mãe está ausente.

VERDADEIRAS PERITAS

Amamentar é uma técnica, aprende-se a amamentar, ensina-se a criança a mamar (trazem reflexos, mas muitas vezes têm de ser orientados). Nos primeiros meses, algumas mães podem confrontar-se com momentos verdadeiramente desafiantes. Estarem informadas é meio caminho para se protegerem de todas e mais algumas opiniões (carinhosas, mas muitas descontextualizadas), triarem o importante e se tornarem verdadeiras peritas nos seus filhos.

Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)

 


Amamentação: vivências, vantagens e regresso ao trabalho publicado primeiro em https://saudebemestar.com.pt/

Chantagem sexual: não siga esse caminho

Sexo é entrega, comunicação, partilha. Nunca castigo, prémio ou refúgio. Quando utilizado como moeda de troca, transforma-se num perigoso e cruel instrumento ao serviço das frustrações. A chantagem sexual é sempre um erro, por mais tentadora que seja. No final, só há uma vítima: a sua autoestima.

 

A frase é frequentemente feminina e, na maioria das vezes, proferida em tom de brincadeira: “mais logo, em casa, conversamos…”. Aqui fala-se de tudo, menos de conversa. O verdadeiro significado é intuitivo: “mais logo, não há sexo para ninguém!”.

O problema não é brincar, é concretizar a ameaça. Quando assim é, o sexo deixa de ser um fim, para se transformar num meio, que pouco tem a ver com amor ou prazer. No lugar dos afetos, instala-se o medo, a raiva, o orgulho e a vingança, sentimentos que desvirtuam a relação sexual e a instrumentalizam.

Mas porquê? Que motivos nos levam a abdicar da satisfação sexual em nome dos desígnios do ego?

DEMONSTRAÇÃO DE IMATURIDADE

Desde os primórdios da humanidade que os seres humanos recorrem ao sexo como moeda de troca, como uma forma de obter o que se deseja à custa do que se tem para oferecer. O problema é que utilizar o sexo como um meio para se atingir um fim é mais do que maquiavélico, é imaturo. E transforma o possível lucro em sério prejuízo emocional.

Recorrer ao sexo como um instrumento de manipulação denuncia falta de segurança, de autoestima e, frequentemente, medo do diálogo. Quando alguém subestima o seu valor, físico e intelectual, tende a compensar a falta de segurança com um maior investimento na performance sexual, de modo a sentir-se mais valorizado(a).

Para serem saudáveis, porém, as relações sexuais devem respeitar o que verdadeiramente queremos, pautar-se pelo desejo e estar sempre de acordo com os nossos valores. Porque quem vive o sexo de uma forma madura não recorre à chantagem. Entende-o como o culminar da cumplicidade e da intimidade, como um ato de partilha e um caminho de crescimento pessoal.

A única forma de não corromper o sexo passa, assim, por mantê-lo imune a sentimentos negativos que desvirtuem o seu verdadeiro significado.

“OLHO POR OLHO…”

Longe vão os tempos em que as mulheres tinham que se subjugar sexualmente para atingir ou justificar objetivos materiais. Este modelo de comportamento deixou de fazer sentido a partir do momento em que a emancipação financeira feminina se tornou uma realidade e, com o apetite sexual liberto, a mulher encontrou-se também livre para desfrutar do prazer sexual sem constrangimentos nem obrigações.

Ambos os géneros passaram, desta forma, a interagir sexualmente em função do desejo e dos sentimentos que os unem. Atualmente, sempre que homens e mulheres equacionam não respeitar estas duas “condições” sexuais, fazem-no em nome do bem-estar da relação ou, pelo contrário, com o objetivo de punir o companheiro por alguma atitude menos bem recebida.

Porém, quando se toma a decisão de ignorar os próprios sentimentos com o objetivo de utilizar o sexo para um determinado fim – seja enganar a solidão, terminar uma discussão ou compensar a outra pessoa – reduz-se o papel das relações sexuais ao de atos desprovidos de sentido.

Sempre que uma relação está despojada de uma boa interação emocional, os sentimentos mútuos manifestam-se dentro do sexo e em torno deste. Tanto os positivos, como os negativos. Deste modo, se, por exemplo, estiver com raiva do seu companheiro por algum motivo, o mais certo é que recorra ao sexo – ou à ausência dele – como forma de o castigar pelos seus atos.

SEXUALIDADE AUTÊNTICA

Quando fazemos do sexo uma arma, estamos a limitar qualquer forma de sexualidade autêntica. A entrega não existe, apenas intenções que bloqueiam qualquer possibilidade de se obter prazer físico e mental. Assim, deixar de instrumentalizar o sexo implica, em primeiro lugar, atuar com coerência sexual, ou seja, agir de acordo com o que os impulsos e as vontades ditam, não à mercê de um qualquer sentimento mesquinho.

Isto não acontece quando a autoestima está danificada e o amor-próprio arrasado. Se estivermos seguros de quem somos, conseguiremos impor a nossa vontade de forma natural e assertiva, sem a necessidade de recorrer a moedas de troca.

DIÁLOGO SINCERO

Para saber se está, mesmo que inconscientemente, a servir-se do sexo, faça o seguinte exercício: pergunte-se se está satisfeita com as suas relações sexuais. Caso a resposta seja negativa, tente perceber a que se deve essa sensação: se a sexualidade está a defraudá-la ou se não corresponde aos seus sentimentos; se está a ter relações por si ou pela outra pessoa.

Por último, para ultrapassar esta situação, importa estabelecer um diálogo sincero com o seu companheiro. Através dele conseguirá expressar sentimentos negativos, sem a intenção de magoar a outra pessoa, encontrar alívio para a tristeza, força para combater os medos e conforto para partilhar as alegrias.

Leia o artigo completo na edição de outubro 2020 (nº 309)


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terça-feira, 13 de outubro de 2020

Como travar a osteoartrose

A glucosamina e a condroitina, duas substâncias naturais, são eficazes na redução da dor articular e na melhoria da mobilidade. O selénio, um micronutriente essencial, tem uma função protetora.

 

Um dos inconvenientes da idade é a osteoartrose, que consiste na deterioração progressiva da cartilagem articular, provocando dores e alteração do funcionamento articular na população idosa. A boa notícia é que, agora, é possível combater este problema sem recorrer a medicamentos sintéticos. A associação de duas substâncias naturais, glucosamina e condroitina, tem precisamente o mesmo efeito de alívio da dor que os medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios.

RECUPERA A CARTILAGEM

Na verdade, alguns estudos mostraram que a glucosamina tem um efeito ainda melhor do que os anti-inflamatórios não esteroides – AINE –, o tipo de anti-inflamatório mais usado no tratamento da osteoartrose.

Contudo, o que é realmente interessante é que a glucosamina é o único tratamento que, até ao momento, conseguiu travar a progressão da osteoartrose. Alguns especialistas consideram até que a glucosamina pode recuperar parte da cartilagem degradada. Contrariamente aos medicamentos sintéticos, que apenas aliviam a dor, a glucosamina favorece a formação de cartilagem saudável pelo próprio organismo.

SUBSTÂNCIAS NATURAIS

A glucosamina é extraída do marisco, normalmente do camarão. A casca dos crustáceos contém certas moléculas de açúcar, biologicamente ativas, que servem de “constituintes” naturais na cartilagem. São conhecidas por glucosaminoglicanos e são usadas na formação de tecido cartilagíneo no organismo. A glucosamina, com o seu teor de glucosaminoglicanos, é uma espécie de kit de reparação para reparar a deterioração já ocorrida na cartilagem articular. Como já foi referido, há quem defenda que pode recuperar a cartilagem degradada, mas a única documentação atualmente disponível apenas indica que pode travar a progressão da deterioração.

MELHOR EFEITO COM SELÉNIO?

Recentemente, a ciência tem-se concentrado no selénio, um oligoelemento essencial que, ao que tudo indica, tem importância na fase inicial da osteoartrose.

Num estudo americano, com 940 participantes, investigadores concluíram que as pessoas com os níveis mais elevados de selénio apresentavam uma redução de 40% do risco de desenvolver osteoartrose do joelho, quando comparando com as pessoas que tinham níveis mais baixos. Dado o baixo teor de selénio nos solos europeus, os cereais cultivados em Portugal são, também eles, pobres em selénio.

EFICAZ PARA OS JOELHOS

O efeito positivo do sulfato de glucosamina parece ser especialmente percetível na osteoartrose do joelho, a articulação mais frequentemente afetada. Em estudos publicados, em que um grande número de doentes tomou sulfato de glucosamina ou “comprimidos inertes” com placebo inativo, os do grupo de sulfato de glucosamina apresentaram manifestos sinais de melhoria.

 


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Envelhecimento é um processo natural

O envelhecimento é um processo de alterações físicas e mentais que ocorre em todas as pessoas, com o passar do tempo. É, contudo, um processo natural, com o qual há que aprender a conviver.

 

Os geriatras ainda não chegaram a um acordo quanto aos processos biológicos subjacentes ao envelhecimento. Entre as muitas teorias, destacam-se o conceito de desgaste modelar – com o passar do tempo, os mecanismos de replicação celular tornam-se mais falíveis e começam a surgir os “erros”; a teoria da acumulação de toxinas – o corpo é gradualmente envenenado pela acumulação de substâncias químicas, que vai perdendo a capacidade de expelir convenientemente; e a teoria da falência imunológica – haverá um declínio progressivo no sistema imunitário, sistema de deteção e destruição de microrganismos e tumores em desenvolvimento.

Seja qual for a teoria, o que é certo é que o envelhecimento provoca degenerescência em vários órgãos e tecidos, como a pele, os ossos, as articulações, os vasos sanguíneos e o tecido nervoso. Estas alterações podem, ainda, ser aceleradas por fatores como o tabaco, o consumo excessivo de álcool, uma alimentação deficiente, exercício físico insuficiente e exposição excessiva da pele à luz solar intensa, entre muitos outros.

FATORES GENÉTICOS

No entanto, a existência de pessoas com mais de 90 anos, ainda saudáveis e em boas condições físicas e mentais, que fumaram e consumiram álcool durante toda a vida, mostra que os fatores genéticos são determinantes da esperança de vida.

Tal como a altura de um indivíduo é condicionada pela interação da sua alimentação e do ambiente em que vive com o potencial genético herdado dos progenitores, também o tempo de vida depende, em grande parte, da hereditariedade.

Alterações esperadas

À medida que as pessoas envelhecem, descobrem que a sua capacidade física declina, embora não tanto como, por vezes, se julga. Uma pessoa de 60 anos que sempre praticou exercício físico pode manter cerca de 80% da força física e da resistência que tinha aos 25 anos. Contudo, o declínio natural das funções respiratórias, a partir dos 60 anos aproximadamente, limita o exercício físico. A cicatrização de feridas e a resistência a infeções também declina.

A atividade sexual, a partir dos 60 anos, é muito variável. A abstinência prolongada contribui para a falta de libido e diminuição de potência, enquanto aqueles que sempre se mantiveram sexualmente ativos podem nunca experimentar um declínio na sua vida sexual.

Tal como acontece com a prestação física, algumas das capacidades mentais deterioram-se com a idade. A grande maioria das pessoas com mais de 60 anos tem perdas de memória benignas – redução da memória recente –, tornando-se-lhes mais difícil fixar nomes ou números de telefone, por exemplo. Muitas pessoas acham esta mudança assustadora, mas, de facto, cerca de 80% dos seniores, com mais de 80 anos, mantêm-se intelectualmente válidos.

O envelhecimento e a sociedade

No último terço do século XX, ocorreram mudanças drásticas na estrutura etária das sociedades ocidentais, devido à acentuada diminuição da mortalidade infantil. Hoje, poucos adultos com menos de 50 anos morrem de doença – a morte acidental é, atualmente, muito mais frequente nos adultos jovens do que a morte por doença. Assim, aumentou substancialmente a proporção de pessoas que vivem para além dos 65, bem como a proporção das que vivem para além dos 75 anos. Todavia, cerca de um terço das pessoas com mais de 75 anos sofrem de doenças que restringem, de alguma forma, a sua vida quotidiana.

Leia o artigo completo na edição de iutubro 2020 (nº 309)


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Fisioterapia: solução para muitos problemas

Se sofreu uma lesão durante a atividade física, se sente dores na coluna vertebral, se perdeu mobilidade após uma fratura ou outra lesão, se apresenta alterações posturais e a dor e o cansaço são uma constante, se é uma pessoa preocupada com a sua saúde, então poderá encontrar na fisioterapia a solução para muitos dos seus problemas.

 

A fisioterapia é utilizada para prevenir ou reduzir a rigidez articular e restaurar a força muscular, no tratamento da artrite ou após a consolidação de uma fratura. É, igualmente, utilizada para reduzir dores, inflamações e espasmos musculares e para exercitar as articulações e os músculos após um acidente vascular cerebral ou uma lesão dos nervos.

Os métodos de tratamento utilizados pelos fisioterapeutas incluem exercícios, que podem ser ativos ou passivos, a massagem, o tratamento pelo calor, o frio, a água (hidroterapia) e a estimulação elétrica nervosa transcutânea.

A fisioterapia ocupa-se, também, de outros problemas, como a manutenção da capacidade respiratória, em pessoas que sofrem de insuficiência da função pulmonar, ou da prevenção e tratamento de complicações pulmonares, na sequência de intervenções cirúrgicas. Os fisioterapeutas intervêm, também, no tratamento de doenças respiratórias graves, como a bronquite crónica, e nos cuidados relativos às necessidades respiratórias de doentes que estejam ligados a ventiladores ou em pós-operatório de uma grande cirurgia.

A hidroterapia é uma componente muito importante da Fisioterapia. Inclui a prática de exercícios dentro de água, banhos em jaccuzis e duches. As pessoas que não conseguem apoiar-se completamente num membro, por exemplo, podem exercitar-se, de modo mais completo e eficaz, numa piscina de reabilitação. A sustentação proporcionada pela água permite um maior leque de movimentos e uma maior utilização do membro afetado, sem grande incómodo para o doente.

Estratégia consistente

A fisioterapia presta serviços a pessoas e populações, com o fim de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade funcional, através de todo o ciclo de vida. A especialidade inclui a prestação de serviços em circunstâncias em que o movimento e a função estão ameaçados pelo processo de envelhecimento, por lesão ou doença. Movimento completo e funcional encontram-se no âmago do significado de ser saudável.
A fisioterapia envolve a interação entre fisioterapeutas, doentes, famílias e prestadores de cuidados, num processo de avaliação do potencial de movimento e no estabelecimento de objetivos e metas, usando conhecimentos e competências únicos dos fisioterapeutas.

A visão diferente do corpo e das suas necessidades de movimento e potencial, pelo fisioterapeuta, é fulcral na determinação do seu diagnóstico e estratégia de intervenção e é consistente qualquer que seja o ambiente onde pratica. Estes espaços variarão consoante a fisioterapia seja praticada numa perspetiva de promoção de saúde, prevenção, tratamento ou reabilitação.

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sexta-feira, 9 de outubro de 2020

Dia Mundial da Saúde Mental: momento de reflexão

A 10 de Outubro celebra-se o Dia Mundial da Saúde Mental, sendo este um importante momento de reflexão e de análise no que às questões na saúde mental em Portugal dizem respeito.

 

Pela Dra. Marisa Marques , Psicóloga Clínica e da Saúde; Trofa Saúde Hospital de Barcelos e Trofa Saúde Hospital de Braga Norte.

 

 

Nunca se falou tanto em saúde mental como nos dias de hoje, mas estamos perto de acabar com um estigma que está já enraizado na sociedade? Ainda não. Mas a complexidade do nosso cérebro merece bem mais atenção do que aquela que lhe damos. Temos de cuidar daquela que é a base da saúde.

“Uma constipação é uma coisa que todos podemos ter, não há estigma algum em ter uma constipação, todos os anos temos problemas de constipações, mas, agora, a depressão, por exemplo, que é considerada a constipação da saúde mental, que é também uma coisa comum e que todas as pessoas podem ter, está associada um estigma e, na verdade, as pessoas não vão procurar tratamentos para essa constipação da saúde mental”. Apesar de nos dias de hoje falar-se cada vez mais abertamente de depressão e ansiedade, é um facto de que ainda há um estigma associado a estes estados mentais, sendo vistos como sinal de fraqueza.

A  Organização Mundial da Saúde (OMS) revelou que existem 300 milhões de pessoas com depressão em todo o mundo, sendo esta doença mental a primeira causa de doenças e deficiências. O tema é sério e grave o suficiente, mas continua envolto uma nuvem que dificulta a procura de ajuda, o diagnóstico e o tratamento.

Atualmente, Portugal é o quinto país da OCDE que mais consome ansiolíticos e antidepressivos, atingindo já uma taxa que duplica a de países como Holanda, Itália e Eslováquia. Não se sabe se a pandemia veio agravar esta situação, mas nos primeiros três meses do ano foram vendidas mais 400 mil embalagens do que no mesmo período em 2019.

Entre março e junho de 2020 foram vendidas mais de 5 milhões de embalagens de ansiolíticos e antidepressivos do que em 2019, pelo que atualmente este valor já foi duplicado e a saúde mental dos Portugueses está deteriorada e “abandonada”.

No entanto sabemos que no que diz respeito ao tratamento, sabe-se que os antidepressivos são vistos como o “elixir” contra a depressão. Anualmente em Portugal, o consumo deste tipo de fármaco duplica, triplica e a tendência é de aumentar cada vez mais, segundo dados recentes do Infarmed. Isto mostra-nos que andamos a “adormecer” ou “esconder”  uma doença que, por si só, nos mata lentamente, adormecendo à boleia dos seus sintomas muitas vezes mascarados e camuflados.

Mesmo que os portugueses estejam cada vez mais informados sobre os problemas psicológicos e as suas consequências,  pouco se fala e não há muita divulgação acerca dos tratamentos. Por exemplo, quando falamos em depressão associamos automaticamente à intervenção medicamentosa. Mas apesar de os medicamentos melhorarem [a qualidade de vida do paciente], mas não resolvem o problema, apenas o adormecem”, aumenta o risco de o problema psicológico se tornar crónico e recorrente, dado que apesar de o paciente se sentir melhor será sempre doente, porque a causa da patologia não foi tratada. Sendo que além da medicação é importante e imprescindível o Acompanhamento Psicológico de forma a tratar a real causa da patologia de foro psicológico e não só os sintomas que a patologia provoca.

Caso não exista uma intervenção psicológica atempada e contínua  “as consequências ao nível da saúde física e mental são graves, podendo haver o desenvolvimento de uma psicose ou outras perturbações mais graves e irreversíveis. É necessário ter em conta que na maioria dos casos os problemas psicológicos se manifestam de forma gradual e silenciosa, ao ponto de a pessoa não assumir que tem um problema para resolver, sendo, muitas vezes, os familiares,  companheiro/a ou amigos a darem o primeiro sinal de alerta ao paciente, muitas das vezes encontrando-se este já afastado das suas responsabilidades familiares, laborais e no meio social por incapacidade em gerir as emoções e a vida em geral.

A realidade que vivemos hoje leva-nos a tomar cuidados, medidas reforçadas de cuidados médicos, no entanto não podemos descurar dos cuidados de saúde mental. Não se esqueça de que é essencial que Não se descuide da sua Saúde!Neste sentido deixo-lhe “3 regras de sobrevivência”:

  1. Peça ajuda, nomeadamente, psicológica. Lembre-se que o primeiro passo para que possa melhorar a sua condição, é aceitá-la, olhá-la de frente e erguer-se perante ela.
  2. Procurar manter sempre a calma e, por muito difícil que seja, substituir os seus pensamentos negativos por pensamentos positivos.
  3. Não se isole!

 Estamos aqui para ajudar, marque a sua consulta!

 

 

Sabia que:

  • 1 em cada 4 portugueses sofre de um problema de saúde mental
  • O número de portugueses com depressão aumentou 43%
  • Em 2016, as perturbações depressivas eram a terceira principal doença causadora de
  • morbilidade em Portugal nas mulheres, e a quarta nos homens, contribuindo para cerca de 70% dos cerca de 1.000 suicídios (3 por dia) em Portugal. Destaque ainda para a perturbação de ansiedade que afeta cerca de meio milhão de portugueses (4,9% da população).
  • Em 2019 os Portugueses gastaram mais de 600 mil euros por dia em psicofármacos.
  • As intervenções psicológicas será “a estratégia mais adequada e efetiva” para enfrentar a “era covid-19 e pós-covid-19”, segundo o Serviço Nacional de Saúde .

 


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